O Eterno Sedutor: Poderoso ou Infeliz?

Ele parece que adivinha do que uma mulher gosta. Faz o possível e o impossível para conquistá-la: palavras doces, gentil e atencioso faz você acreditar que não existe ninguém mais importante para ele na face da terra.


Ele é tão encantador que parece bom demais para ser verdade. Parece vindo de um conto de fadas. Só que quando consegue o que quer, perde o interesse e some.



Cafajeste? Nem sempre. Embora aja de caso muito bem pensado, não é por maldade que se comporta assim. Pode ser um conquistador compulsivo.
Ele necessita conquistar o tempo todo. O mais famoso de todos foi retratado no cinema como Don Juan - um lendário sedutor espanhol do século 17 que teve mais de mil mulheres e não conseguiu amar verdadeiramente nenhuma delas.



O conquistador leva a mulher a acreditar que está diante de um homem sedutor, romântico e sensível. Atrás da fachada se esconde o velho instinto caçador do macho, que é capaz de investir meses para conquistar o objeto do seu desejo.



Investe em restaurantes e casas noturnas badaladas, e-mails carinhosos, muitos telefonemas, presentes e até em viagens a lugares paradisíacos. Assim que parece que o namoro vai engrenar ele salta fora ou deixa escapar, sem querer, que está saindo ou namorando outra pessoa. Muitas vezes, sai de fininho sem explicação, sem adeus. E não raramente até troca o número do celular para não ser incomodado.



Geralmente este perfil não suporta levar um "não" e acaba vencendo pela insistência. Foge de quem tenta controlar a sua vida e qualifica como chata quem liga o dia todo para saber onde ou com quem está. E na companhia da iludida costuma desligar o celular.



Eles dizem não sentir remorso e alegam que a maioria das mulheres se deixa levar muito facilmente por conta da carência afetiva. O Don Juan retira satisfação e prazer do processo da conquista e não do objeto dela. Os sentimentos da outra pessoa não são levados em conta. Ele ama conquistar. Muitas vezes, trata as conquistas amorosas com ares de esporte. A lista das mulheres conquistadas é sempre imensa, e as bravatas sexuais são tratadas como um troféu de caça.



Segundo pesquisadores americanos liderados pelos psiquiatras Peter Lee e Michael Smith, os portadores da síndrome do Don Juanismo possuem um comportamento compulsivo porque possuem um desequilíbrio no cérebro.



Teriam carência de uma substância chamada feniletilamina, que provoca as sensações de exaltação, alegria e euforia que se experimenta ao estar apaixonado. Os especialistas acreditam que a paixão ocorre quando os neurônios do nosso centro emocional ficam saturados por uma substância produzida no próprio cérebro denominada FEA. A sensação de euforia provocada por ela geralmente começa a desaparecer depois de três a seis meses de namoro, mas não para o conquistador compulsivo. Ele necessita permanentemente de uma nova dose para se manter apaixonado pela conquista.



Peter Lee afirma que por trás do homem poderoso, inabalável e brilhante, se esconde um ser infeliz, pois percebe que acaba repetindo o ritual indefinidamente e não consegue manter um relacionamento estável e duradouro e, muitas vezes, acaba sozinho.



O narcisismo é uma das características mais marcantes, a ponto da pessoa amar mais a si mesma que a qualquer outra pessoa conquistada. O sedutor apenas se apaixona. O amor é um sentimento fugaz e tem continuadamente o objeto alvo renovado. Ele perde o controle sobre a vontade e, inconscientemente, destrói a relação para ir atrás de uma nova conquista.



Se você cruzar com um conquistador incorrigível, fique atenta. Ou acabou de conhecer um sujeito sem caráter ou um homem volúvel e afetivamente imaturo. Um dos indícios é o pavor de assumir um compromisso mais sério. Muitas mulheres dizem adorar este tipo de jogo de sedução. Pagam para ver no que vai dar. É uma questão de escolha. Aliás, a vida é feita de escolhas. Quem anda em busca da felicidade amorosa, e quer um relacionamento sério e estável, dificilmente a encontrará nos braços de um Don Juan.
TEXTO EXTRAÍDO DO SITE

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