Nem te Conto!!!


"Nem te conto...!".  Pronto; está dada a largada para uma fofoca, um impulso incontrolável de falar da vida dos outros. Ela depende de três pessoas: de quem conta, de quem ouve, e de quem é o assunto. O disse-que-disse só fica melhor se passado de boca em boca, mas pode se transformar numa armadilha perigosa.


Quando a fofoca trata de celebridades, é mais fácil, pois não nos atinge. O problema é aquela do dia-a-dia, entre as pessoas comuns. Tem seu lado positivo, pois ela humaniza. Saber dos erros dos outros nos faz sentir menos culpados. É real. Dá credibilidade.
Quando não se tem nada para falar de alguém, parece que o papo acaba logo. Quando ficamos ressentidos e magoados, o "troco" é descobrir o ponto fraco de quem causou algum desconforto; é inata - as mulheres são mais fofoqueiras. Mas tome cuidado. Segundo pesquisadores, quando alguém se refere a uma pessoa de forma negativa, inconscientemente, pode ter as características de quem está falando.


Segundo o psiquiatra José Ângelo Gaiarsa, "a fofoca é a forma mais eficaz de as pessoas se vigiarem para manter o status da perseguição de todos contra todos". Ou seja, está diretamente ligada a insatisfação da própria vida; trata de pessoas que conseguiram atingir uma posição social.


A humanidade não fica sem a fofoca. Antes de estar relacionada com a inveja, o despeito ou a falta do que fazer, essa compulsão pode ser instintiva. Homens preferem saber sobre homens, e mulheres sobre mulheres. Estas escolhem contar sobre a promiscuidade e infidelidade das colegas; assim, manipulam a reputação delas. Ao difamar uma rival, acaba por tentar afastá-la dos mais interessantes ou dos machos provedores.


Amigos são freqüentemente alvos da fofoca, mais do que familiares. Por que? Os amigos são aliados importantes que nos ajudam; mas, se conhecem muito sobre nossa vida, podem nos prejudicar, tornando-se inimigos. Portanto, cuidado. Antes de revelar alguma intimidade do seu relacionamento para uma amiga, saiba que você está entregando de bandeja uma ótima fofoca!


Afinal, quem nunca fez uma, por menos maldosa que fosse, ou quem nunca foi vítima dela? Alguns até a criam pra se esquivar, ou se defender...

Olhem só...

Uma mulher espalhou uma fofoca sobre uma certa pessoa que ela não conhecia bem, mas a invejava. Alguns dias depois, o bairro inteiro sabia a história. A pessoa que foi alvo da fofoca ficou indignada e muito ofendida. Mais tarde, a mulher que espalhou o boato descobriu que era tudo mentira, ficou arrependida e foi visitar um velho sábio para descobrir o que podia fazer para consertar o estrago.

_ Vá até a praça principal – disse ele -, compre uma galinha e mande matar. Depois, no caminho de casa, depene-a e solte as penas uma a uma pela rua. Embora surpresa com o conselho, a mulher fez o que o sábio havia mandado.

No dia seguinte ele disse:

_ Agora vá, recolha todas as penas que deixou cair ontem e traga para mim.

A mulher seguiu o mesmo caminho, mas, para seu desespero, o vento tinha dispersado todas as penas. Depois de procurar por horas, ela voltou com apenas três penas na mão.

_ Está vendo – disse o velho sábio – , é fácil soltá-las, mas é impossível recolhe-las. Com a fofoca também é assim. Não custa muito espalhar um boato, mas, depois que se espalha, nunca se pode reverter o dano completamente.


Textos dos sites: http://www.velhosabio.com.br


                           http://cora.festim.net/archives/2004_08.html






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