Deixem que digam, que pensem, que falem




Deixa isso pra lá, vem pra cá, o que é que tem, eu não to fazendo nada e nem você também...





Leveza é a palavra de ordem em qualquer circunstância da vida.
Naturalidade, autenticidade, segurança e principalmente, certeza de
estar aonde deveria e desejaria estar.

A chave para isto? Paciência,
autoconhecimento, trabalho neste sentido e cuidado. E no amor, a regra
também é válida?  Como em tudo na vida, no amor e no sexo não é
diferente. Cultivar é o segredo.



Conhecer-se e conhecer ao outro, somam-se a ele. Saber exatamente
quem é aonde e com quem deseja estar.  Regra tão simples e tão
desprezada por nós. Porque é que temos essa estranha mania de acharmos
que somos deuses ou bruxos, que nada nos atingirá e que em um passe de
mágica tudo se resolverá e ficará rosa e azul?

Nada mais gostoso que estar nos braços de alguém que sabe exatamente
onde queremos chegar. Nada melhor que a certeza de estar sinalizando de
uma maneira tranqüila e leve o que gostamos de sentir. Nada melhor,
quando tudo isto é transmitido através de olhares e sentidos captados
pelo profundo entendimento de um casal que se ama.

E tem tempo para conquistar isso? Tem. Tem o tempo de cada um e
tranquilidade é o que se consegue como resultado, muito ao contrário do
que pensam hoje em dia as pessoas que se entregam umas as outras
fortuitamente, sem ao menos uma conversa que as identifique em algum
ponto.

É dispensável o tempo determinado entre estágios que medem o grau do
relacionamento e ninguém precisa ficar o tempo todo pensando em
casamento. Entretanto, algum tempo, palavras, olhares e toques, são
necessários para um entendimento. É importante observar se,
obedecendo-se a um instinto não estaria abrindo mão de um mínimo de
sinalização contra um encontro nocivo e devassador que abalaria a
estrutura de corpos e almas em vez de alimentá-los. Algum tempo há de
ser dedicado.

Amar desta maneira não tem nada a ver em firmar um compromisso com
alguém; tem a ver exatamente com o contrário. Tem a ver com a leveza do
descompromisso e com o comprometimento de ser e de fazer o outro feliz,
exatamente ali, naquele momento. E dessa maneira ir construindo uma rede
de sintonia fina e apurada a cada encontro. Comprometimento em se doar
além de tudo, e além de tudo, receber do outro com gratidão, tudo que
vier para fazer feliz.

Observar, ponderar, cativar a cada dia, a cada encontro. Anotar no
coração as sensações, as expressões e todo tipo de manifestação de
satisfação ou de insatisfação do seu parceiro e ao ir com ele, ao
encontro da alegria de estarem vivos e juntos, mais uma vez, levar
consigo, uma cesta de cuidados.

As impressões não devem buscar a conquista que amarra em uma
representação teatral encenando as artimanhas do amor, porém fazer
crescer continuamente, o desejo de serem livres e completamente atados
um ao outro pelo prazer de estarem juntos e somente isto. As intenções
não devem transpor os limites da real felicidade, e nem precisa ser
assim, pois é assim que perdemos a melhor parte, justamente quando
desfocamos o agora.

Um desprendimento descomunal, somado a um cuidado visceral
acompanhados de uma destreza desmedida em conhecer-se e conhecer o
outro, cultivando o amor que por qualquer motivo ou circunstância os
una, pode fazer de um casal, o casal mais feliz do mundo. E não tem
título ou rótulo que identifique aqueles que os são. Somente eles e
neles se pode reconhecer o estado de felicidade em que se encontram. Não
tem condição que permita a um casal, saber mais do grau de sua
verdadeira união, que o encontro de seus corpos, a sós e em plenitude.
Somente a intimidade traçada por eles pode fazer com que transpareçam,
aos olhos do mundo, um casal de verdade.

O que esta fora deles é teatro e de área em área, o fim, está com seus dias contados.


“Não
busco aventura, mas alguém que enxergue a vida com todas as cores que
ela possui e que queira compartilhar comigo o maior de todos os
tesouros, o Amor.” –  De um amigo.

Texto de Jussara Hadadd   

Extraído do site:  http://www.acessa.com/


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